Contraindicações Relativas do PDRN: Revisão Baseada em Literatura Científica

Introdução

O polidesoxirribonucleotídeo (PDRN) é um biocomponente que tem sido utilizado amplamente na área de dermatologia estética e regenerativa devido às suas propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e estimuladoras do metabolismo celular.

Apesar dos benefícios amplamente documentados, assim como em qualquer tratamento médico, o uso do PDRN apresenta contraindicações relativas que devem ser observadas para garantir segurança e eficácia do procedimento. Esta revisão sistematizada baseia-se em literatura científica atual para elucidar essas contraindicações e orientar a prática clínica segura.

Definição e Indicações do PDRN

O PDRN é constituído por fragmentos de DNA de cadeia polinucleotídica obtidos geralmente a partir de fontes purificadas, utilizados para estimular a reparação tecidual e favorecer a regeneração celular em diversas condições dermatológicas.

Indicados para rejuvenescimento, cicatrização de feridas, melhora de cicatrizes atróficas, e tratamento de inflamações cutâneas, o PDRN é aplicado via injeção intradérmica para estimular a síntese de colágeno e angiogênese, promovendo melhora funcional e estética da pele.

Mecanismo de Ação do PDRN

O PDRN atua ativando os receptores de adenosina A2A presentes nas células da pele, reduzindo a inflamação e promovendo a proliferação de fibroblastos. Essa interação estimula a produção de colágeno tipo I e III e aumenta a vascularização local.

Além disso, sua ação anti-inflamatória é fundamental para restaurar a barreira cutânea e acelerar a recuperação após procedimentos estéticos, destacando-se como um agente potente para tratamentos que requerem regeneração.

Contraindicações Relativas

Embora o PDRN seja considerado seguro, existem situações que demandam cautela, caracterizadas como contraindicações relativas, onde o risco/benefício deve ser avaliado cuidadosamente pelo especialista.

  • Pacientes com hipersensibilidade conhecida: Reações alérgicas prévias a componentes do produto exigem avaliação restrita.
  • Gravidez e lactação: A literatura restringe evidências suficientes sobre segurança, recomendando evitar o uso.
  • Doenças autoimunes ativas: O uso deve ser ponderado, pois pode interferir em respostas imunológicas.
  • Infecções cutâneas locais ou sistêmicas: Devem ser resolvidas antes do procedimento para evitar agravamento.
  • Pacientes em uso de anticoagulantes ou com distúrbios hemorrágicos: Risco aumentado de hematomas e sangramentos.

Avaliação Prévia e Monitoramento

É imprescindível realizar anamnese detalhada e exame clínico minucioso antes da indicação do PDRN para identificar fatores de risco e contraindicações.

Durante o tratamento, deve-se monitorar sinais de reações adversas, incluindo inchaço exagerado, dor persistente, ou sinais de infecção, permitindo intervenção precoce.

Interações e Riscos Potenciais

Até o momento, não há relatos crônicos ou graves de interação medicamentosa direta com o PDRN, mas a combinação com outros tratamentos injetáveis, especialmente em pacientes com histórico de alergias, deve ser avaliada.

O risco principal decorre do uso inadequado ou em pacientes frágeis, podendo ocorrer reação inflamatória local ou hipersensibilidade. A tipificação correta da ruga no tratamento exige atenção: as rugas dinâmicas são tratadas preferencialmente com toxina botulínica, cujo efeito dura em média de 3 a 4 meses, não 6 meses exceto em exceções, enquanto as rugas estáticas demandam estímulos regenerativos, entre eles o uso do PDRN.

Considerações Clínicas e Cuidados

É essencial que o procedimento com PDRN seja realizado por profissional qualificado, que execute técnicas assépticas e utilize produtos devidamente aprovados, respeitando as orientações do fabricante e das sociedades médicas.

Além disso, o alinhamento das expectativas do paciente, esclarecimento sobre reversibilidade e segurança do procedimento, e acompanhamento pós-procedimento, facilitam a aceitação e o sucesso terapêutico. Vale lembrar que procedimentos com ácido hialurônico são reversíveis com hialuronidase, o que é um diferencial importante para o manejo de eventuais eventos adversos.

Conclusão

O PDRN mostra-se um recurso valioso na dermatologia estética e regenerativa, com eficácia e segurança comprovadas quando empregado de forma adequada.

Entretanto, as contraindicações relativas devem ser consideradas para garantir a segurança do paciente, demandando avaliação individualizada, acompanhamento clínico e uso responsável.

Profissionais como a Dra Lenise Franco, com vasta experiência e atendimento personalizado em clínica de alto padrão, exemplificam a importância da expertise e cuidado na indicação do PDRN.

Sobre o Dra Lenise Franco 

A Dra Lenise Franco é uma médica dermatologista com formação sólida, incluindo residência em Clínica Médica e Dermatologia, pós-graduação em Medicina Estética, além de mestrado em Ciências da Saúde. Atua no Instituto Onize, em São Paulo, onde oferece atendimentos focados em resultados naturais e segurança, com protocolos atualizados e tecnologias avançadas.

Seu trabalho destaca-se pelo cuidado individualizado e pela atenção próxima às pacientes, principalmente mulheres maduras que desejam envelhecer com elegância. A utilização do PDRN em sua prática clínica é acompanhada por rigor técnico, alinhamento das expectativas e constante atualização científica.

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