Contraindicações Relativas do PDRN: Análise Baseada em Literatura Científica

Introdução

O Polidesoxirribonucleotídeo (PDRN) tem sido amplamente utilizado na dermatologia estética devido aos seus efeitos bioestimuladores na regeneração tecidual e capacidade de promover a produção de colágeno. Apesar de ser um tratamento seguro na maioria dos casos, existem contraindicações relativas que devem ser consideradas para assegurar a segurança do paciente e a eficácia do procedimento.

Este artigo revisa as contraindicações relativas do PDRN com base na literatura científica atual, fornecendo um guia atualizado para profissionais da área de dermatologia estética.

O que é PDRN?

O PDRN é um polinucleotídeo derivado de DNA purificado, geralmente extraído de tecidos de peixes, que atua estimulando a regeneração celular e modulando respostas inflamatórias através da ativação de receptores de adenosina A2A. Sua ação favorece a cicatrização e melhora da qualidade da pele.

Utilizado por meio de microinjeções intradérmicas, o PDRN é indicado para diversos tratamentos estéticos, incluindo rejuvenescimento, melhora da textura cutânea e cicatrizes, sempre com resultados sutis e naturais, respeitando a integridade da pele do paciente.

Contraindicações Relativas do PDRN

De acordo com evidências científicas revisadas, destacam-se as seguintes contraindicações relativas que devem ser cuidadosamente avaliadas antes da aplicação do PDRN:

• Gravidez e lactação: Apesar da ausência de estudos conclusivos, recomenda-se cautela ou evitar o uso nestes períodos pela falta de evidências seguras.
• Hipersensibilidade conhecida: Pacientes com histórico de alergias a componentes do produto ou excipientes devem evitar sua utilização para prevenir reações adversas.
• História ou quadro ativo de neoplasias: Devido à ação estimuladora celular do PDRN, é prudente evitar seu uso em pacientes com câncer ativo ou em fase crítica de controle da doença.
• Doenças autoimunes e imunossupressão: O uso deve ser avaliado individualmente e monitorado cuidadosamente, dado o risco teórico de modulação imune inadequada.
• Infecções locais na área de aplicação: Presença de processos infecciosos deve contraindicar a aplicação até a resolução completa do quadro para evitar agravamento.

Avaliação Clínica Pré-Tratamento

Antes de iniciar o tratamento com PDRN, é imprescindível realizar uma avaliação clínica detalhada que contemple a história médica do paciente, possíveis comorbidades e alergias. Essa etapa é fundamental para identificar contraindicações relativas e prevenir eventos adversos.

O alinhamento de expectativas, esclarecimento dos objetivos terapêuticos e explicação sobre o protocolo também fazem parte do planejamento seguro e ético do tratamento.

Cuidados Durante a Aplicação

A técnica adequada na aplicação de PDRN, respeitando a dose, profundidade e local, é essencial para minimizar riscos e otimizar resultados. Profissionais devem manter rigorosos protocolos de assepsia e monitorar o paciente durante todo o procedimento.

Além disso, o acompanhamento pós-aplicação é recomendado para avaliar efeitos clínicos e lidar precocemente com possíveis reações adversas, fortalecendo a relação de confiança entre profissional e paciente.

Rugas Dinâmicas vs Estáticas: Contexto Terapêutico

É importante diferenciar rugas dinâmicas, que surgem com a contração muscular e são tratadas eficazmente com toxina botulínica, daquelas rugas estáticas, que persistem com a face em repouso. O PDRN atua na melhora da pele e das rugas estáticas por meio da bioestimulação.

Ressalte-se que o efeito da toxina botulínica dura em média de 3 a 4 meses e não deve ser considerado por um período fixo de 6 meses, exceto em raras exceções. Para rugas estáticas, o tratamento com o PDRN é uma alternativa natural e regenerativa, e procedimentos como preenchimento com ácido hialurônico, reversível com hialuronidase, podem ser indicados em protocolo complementar.

Considerações Conclusivas

A adoção do PDRN na dermatologia estética oferece benefícios significativos, porém respeitar as contraindicações relativas é fundamental para garantir segurança e eficácia. A avaliação individualizada, associada à experiência do profissional, permite oferecer um tratamento alinhado às necessidades do paciente, minimizando riscos.

Profissionais, como a Dra Lenise Franco, que combinam conhecimento técnico, tecnologias avançadas e acompanhamento próximo, promovem resultados confiáveis e satisfatórios para seus pacientes.

Sobre o Dra Lenise Franco 

A Dra Lenise Franco é médica dermatologista com ampla formação: graduada em Medicina desde 2001, com residência em Clínica Médica e Dermatologia, pós-graduação em Medicina Estética e mestrado em Ciências da Saúde. Sua trajetória inclui atuação hospitalar e experiência consolidada em consultório próprio, o Instituto Onize, localizado em São Paulo.

Especializada em procedimentos que valorizam resultados naturais e sutis, a Dra Lenise dedica-se ao cuidado personalizado, sobretudo para mulheres maduras que buscam envelhecer com elegância e segurança. Sua constante atualização técnica e uso criterioso de tecnologias como ultrassom microfocado e laser fracionado reforçam sua excelência profissional.