Microagulhamento para Queloide: É Recomendado ou Contraindicado?

Introdução

Queloides são cicatrizes hipertróficas que ultrapassam os limites da lesão original, causando desconforto estético e, às vezes, físico. O microagulhamento, técnica que utiliza microperfurações controladas para estimular a produção de colágeno e a regeneração da pele, é cada vez mais comum no tratamento de cicatrizes de diversos tipos.

Mas será que essa técnica é adequada para quem possui queloides? Neste artigo, vamos analisar se o microagulhamento para queloide é recomendado ou contraindicado, com base em evidências científicas e na experiência da Dra Lenise Franco.

O que é Microagulhamento?

O microagulhamento é um procedimento dermatológico que utiliza um aparelho com microagulhas para provocar microlesões na pele. Essas microperfurações controladas desencadeiam o processo natural de cicatrização, estimulando a produção de colágeno e elastina, promovendo a melhora da textura e da aparência cutânea.

Além disso, essa técnica permite a melhor absorção de substâncias tópicas, potencializando tratamentos combinados que auxiliam na regeneração da pele.

Microagulhamento e Queloide: Entendendo a Relação

Os queloides são resultado de uma resposta exagerada do organismo durante a cicatrização, com produção excessiva de colágeno e uma inflamação crônica na área afetada. Por isso, procedimentos que promovem lesão na pele, como o microagulhamento, podem teoricamente estimular essa resposta exacerbada.

Em cicatrizes atróficas, o microagulhamento é reconhecido como terapia eficaz, porém no caso dos queloides, seu uso deve ser muito cauteloso. Há risco de aumento do tamanho da cicatriz ou inflamação agravada se a técnica for aplicada inadequadamente ou sem a devida avaliação.

Riscos e Contraindicações

• Risco de exacerbação do queloide devido à indução de uma resposta inflamatória local intensa.
• Possibilidade de aumento da espessura e projeção da cicatriz.
• Contraindicado em pacientes com histórico ativo de queloide ou tendência à sua formação.
• Necessidade de evitar microagulhamento em áreas ainda inflamadas ou queloides recentes.

Portanto, a decisão pelo procedimento deve ser tomada com base em avaliação criteriosa e acompanhamento especializado.

Evidências Científicas

A literatura médica referente à aplicação do microagulhamento em queloides é limitada. Alguns estudos indicam que, apesar das propriedades regenerativas do microagulhamento, ele pode não ser seguro para queloides devido à hiperprodução de colágeno característica dessas cicatrizes.

Tratamentos convencionais reconhecidos para queloides incluem infiltrações intralesionais de corticosteroides, pressão terapêutica, crioterapia, laser e cirurgias com protocolos específicos que buscam evitar a recidiva da cicatriz.

Alternativas para Tratamento de Queloide

Para quem deseja tratar queloides, algumas opções comprovadas são:

• Infiltrações com corticosteroides: reduzem a inflamação e limitam o crescimento do tecido cicatricial.
• Pressão terapêutica e uso de silicone: auxiliam na remodelação da cicatriz.
• Tratamento a laser: melhora a textura e pode diminuir o volume do queloide.
• Cirurgia: quando combinada a terapias adjuvantes, pode ser indicada para remoção do tecido cicatricial.

Orientações da Dra Lenise Franco

A Dra Lenise Franco, com vasta experiência em dermatologia e medicina estética, enfatiza a importância de uma avaliação individualizada para cada paciente com queloides. Segundo ela, o microagulhamento pode ser considerado em casos específicos e sob estrita supervisão médica, associado a terapias que modulam a cicatrização para minimizar riscos.

Na clínica Instituto Onize, localizada em São Paulo, Dra Lenise utiliza tecnologias avançadas e protocolos rigorosos para garantir segurança e resultados naturais, evitando tratamentos que possam agravar cicatrizes queloides.

Conclusão

O microagulhamento para queloides é geralmente contraindicado devido ao risco de piora da cicatriz causada pela resposta inflamatória exacerbada. É fundamental que o tratamento de queloides seja conduzido por profissional experiente que avalie cada caso e indique as terapias mais seguras e eficazes.

Se você possui queloides e busca tratamento, consulte um dermatologista especializado para uma avaliação personalizada. A segurança, o acompanhamento contínuo e o uso de técnicas reconhecidas são essenciais para alcançar resultados satisfatórios.

Sobre o Dra Lenise Franco 

A Dra Lenise Franco é médica dermatologista formada em 2001, com residências em Clínica Médica e Dermatologia, além de pós-graduação em Medicina Estética e mestrado em Ciências da Saúde. Atuou como preceptora da residência de Dermatologia na Universidade Federal de Sergipe e participa regularmente de congressos nacionais e internacionais.

Atende no Instituto Onize em São Paulo, clínica cuja infraestrutura alia tecnologia avançada, como Liftera 2 e laser fracionado, a um atendimento humanizado. Seu foco é oferecer tratamentos com resultados naturais e alinhamento realista das expectativas, com atenção redobrada em procedimentos e acompanhamento pós-tratamento para segurança das pacientes.